CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS DO QUADRO DE OFICIAIS POLICIAL MILITAR 2016 (CAO/QOPM-2016) – EXAME DE SUFICIÊNCIA INTELECTUAL – PROVA E GABARITO

DGEI – ESPM – CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS DO QUADRO DE OFICIAIS POLICIAL MILITAR 2016 (CAO/QOPM-2016) – PROCESSO SELETIVO – EXAME DE SUFICIÊNCIA INTELECTUAL – PROVA E GABARITO – PUBLICAÇÃO O Comandante-Geral no uso de suas atribuições legais, atendendo proposta do Diretor-Geral de Ensino e Instrução, PUBLICA a prova e o gabarito do exame de suficiência intelectual referente ao processo seletivo para o curso em epígrafe, na forma que se segue:

PARTE I – PLANEJAMENTO, GESTÃO E CONHECIMENTO TÉCNICO PROFISSIONAL. 1) A Lei nº 8.429, de 02 de junho de 1992, prevê as seguintes espécies de atos de improbidade administrativa:
I. Atos de improbidade administrativa que importam enriquecimento ilícito.
II. Atos de improbidade administrativa que causam prejuízo ao erário.
III. Atos de improbidade administrativa que atentam contra os princípios da Administração Pública. IV. Atos de improbidade administrativa que atentam contra o decoro parlamentar.
V. Atos de improbidade administrativa que atentam contra a dignidade da Justiça.
( A ) Todos os atos enunciados estão previstos na referida lei.
( B ) Nenhum dos atos enunciados está previsto na referida lei.
( C ) Os atos dos enunciados III, IV e V estão previstos na referida lei.
( D ) Os atos dos enunciados I, II e III estão previstos na referida lei.
( E ) Os atos dos enunciados IV, e V estão previstos na referida lei.

2) Por força do texto constitucional, os atos de improbidade administrativa importarão em:
( A ) Cassação dos direitos políticos.
( B ) Perda dos direitos políticos.
( C ) Interrupção dos direitos políticos.
( D ) Ineficácia dos direitos políticos.
( E ) Suspensão dos direitos políticos.

3) Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
( A ) Praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência.
( B ) Facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º da Lei nº 8429 de 02 de junho de 1992.
( C ) Permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º da Lei nº 8429 de 02 de junho de 1992, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie. ( D ) Perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° da Lei nº 8429 de 02 de junho de 1992, por preço superior ao valor de mercado.
( E ) Facilitar por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º da Lei nº 8429 de 02 de junho de 1992.

4) Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º da Lei nº 8429 de 02 de junhode 1992, e notadamente:
( A ) Praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência.
( B ) Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício.
( C ) Revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo.
( D ) Frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente;e ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento.
( E ) Deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício.

5) As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta Lei nº 8.429 de 02 de junho de 1992 podem ser propostas:
( A ) Até seis anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança.
( B ) Até sete anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança.
( C ) Até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança.
( D ) Até três anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança.
( E ) Até dois anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança.

6) São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam, dentre eles (as):
( A ) O objeto e seus elementos característicos; o regime de execução ou a forma de fornecimento; e o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento.
( B ) Somente crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica.
( C ) Apenas a caracterização da vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor.
( D ) A referência da flexibilização do contratado de modificar, durante a execução do contrato, as obrigações por ele assumidas, no que concerne as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação.
( E ) Apenas crédito orçamentário pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica.

7) O art. 37 da CRFB/1988 estabelece que a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da:
( A ) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
( B ) Legalidade, impessoalidade e eficiência.
( C ) Legalidade, impessoalidade, moralidade, economicidade e eficiência.
( D ) Legalidade, finalidade, probidade, publicidade e eficiência.
( E ) Impessoalidade, moralidade, economicidade e transparência.

8) O conceito de 4Ps do Marketing foi popularizado por Kotler (2000) e Kotler e Keller (2006). Conhecido como os Quatro Ps, o composto de marketing descreve a posição estratégica de um produto no mercado. Sua premissa indica que as decisões de marketing geralmente se dividem em quatro categorias controláveis. Das opções a seguir, assinale aquela que representa estas categorias:
( A ) Promoção (características) – Preço – Produto (distribuição) – Serviços.
( B ) Preço (características) – Produto – Praça (distribuição) – Promoção.
( C ) Produto (características) – Preço – Promoção (distribuição) – Publicidade.
( D ) Produto (características) – Preço – Praça (distribuição) – Promoção.
( E ) Produto (distribuição) – Preço – Praça (características) – Publicidade.

9) O benchmarking é a comparação sistemática dos processos e desempenhos organizacionais baseados em indicadores predefinidos. Seu objetivo é encontrar as lacunas entre as melhores práticas e o desempenho atual da organização a fim de criar novos padrões e/ou melhorar processos. Considerando que há quatro tipos de benchmarking, assinale a alternativa que representa esses quatro tipos:
( A ) Benchmarking Externo – Benchmarking Estratégico – Benchmarking Funcional – Benchmarking Genérico.
( B ) Benchmarking Externo – Benchmarking Competitivo – Benchmarking Gerencial – Benchmarking Específico.
( C ) Benchmarking Interno – Benchmarking Competitivo – Benchmarking Funcional – Benchmarking Genérico.
( D ) Benchmarking Interno – Benchmarking Estratégico – Benchmarking Estrutural – Benchmarking Comparativo.
( E ) Benchmarking Interno – Benchmarking Comparativo – Benchmarking Operacional – Benchmarking Genérico.

10) O modelo de mentalidade enxuta, também conhecido como manufatura enxuta ou filosofia Toyota, tem foco na eliminação de muda (palavra japonesa que significa desperdício) e se propõe a cortar todos os itens ineficientes e desnecessários na produção de bens e serviços. Nesse modelo é indicada a raiz de todos os males para as organizações. Assinale a alternativa que indica esse principal componente gerador de problemas:
( A ) Finanças.
( B ) Estoques.
( C ) Logística.
( D ) Recursos Humanos.
( E ) Marketing.

11) O centro de compras e suprimentos é um modelo desenvolvido por A.T. Keamey, que pode ser usado para planejar, avaliar e monitorar as práticas de liderança em compras, seguindo-se o exemplo de empresas de sucesso. O modelo construído na forma de casa, constitui-se de três níveis básicos: Processos de definição de direção, Processos essenciais de compras e Processos de apoio, além de oito dimensões chamadas de “cômodos”, as quais abrangem mais de cem itens detalhados que diferenciam líderes de retardatários.
Levando em conta os processos definidos nos três níveis básicos citados, assinale a alternativa que indica os conteúdos dos Processos de definição de direção:
( A ) Estratégia de Compras – Alinhamento Organizacional.
( B ) Gestão de desempenho – Gestão de recursos humanos.
( C ) Gestão de conhecimento e informação – Gestão de processos organizacionais.
( D ) Fornecimento – Gestão de relacionamento com o fornecedor.
( E ) Gestão de processos operacionais – Gestão de recursos humanos.

12) O modelo de remuneração é uma estrutura conceitual para o projeto, a implementação e a avalia- ção de uma estratégia de remuneração nas organizações. Originalmente desenvolvido por Milkovich e Newman (2007) para examinar opções estratégicas na gestão de todos os aspectos da remuneração, o modelo é descritivo em três setores: Técnico, Objetivo e Político.
Com base nesses três setores, temos que o Técnico ____________, o Objetivo _________ e o Político ____________.
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas:
( A ) Delineia as bases do sistema – vincula as políticas e os objetivos de remuneração – do sistema de remuneração.
( B ) Delineia as bases da remuneração – desvincula as políticas e os objetivos de remuneração – do sistema de remuneração.
( C ) Do sistema de remuneração – delineia as bases do sistema – desvincula as políticas e os objetivos de remuneração.
( D ) Delineia os objetivos – desvincula as políticas e os objetivos do sistema – do sistema de remuneração.
( E ) Vincula as políticas e os objetivos de remuneração – do sistema de remuneração – delineia as bases do sistema.

13) Para tornar a função organizacional de compras mais eficaz utiliza-se qual modelo de gestão?
( A ) Centro de Compras e suprimentos.
( B ) Benchmarking.
( C ) Custeio baseado em atividades.
( D ) Inventário gerenciado pelo fornecedor.
( E ) Manufatura responsiva.

14) No modelo de gestão Análise de Valor dos Custos Administrativos, Assen recomenda utilizar outro modelo de gestão. Que modelo é este?
( A ) Centro de Compras e suprimentos.
( B ) Benchmarking.
( C ) Custeio baseado em atividades.
( D ) Inventário gerenciado pelo fornecedor.
( E ) Manufatura responsiva.

15) A Pirâmide de Curry fornece um guia de implementação de CRM, forçando a empresa a segmentar o mercado de que forma?
( A ) Quanto ao tamanho.
( B ) Quanto à região.
( C ) Quanto à geração de receita.
( D ) Quanto à produção.
( E ) Quanto à demografia.

16) O Balanced Scorecard (BSC) foi desenvolvido por Kaplan e Norton, em 1982, como uma alternativa às abordagens tradicionais de medida de desempenho que se concentram exclusivamente em indicadores financeiros e baseiam-se apenas no desempenho passado de uma empresa. O Balanced Scorecard é um mé- todo de cima para baixo cujo objetivo é definir metas e objetivos organizacionais.
O BSC mede o desempenho empresarial de acordo com quatro perspectivas Assinale a alternativa que indica essas quatro perspectivas do modelo.I – Feedback de reforço:
( A ) Financeira – Processos internos do negócio – Aprendizado e crescimento – Clientes.
( B ) Gestão de Pessoas – Processos externos – Clientes – Produção.
( C ) Financeira – Marketing – Produção – Clientes.
( D ) Operações – Processos logísticos – Financeira – Marketing.
( E ) Gestão de Pessoas – Processos Logísticos – Clientes – Marketing.

17) A análise de causa e efeito faz parte de uma classe de métodos para resolução de problemas destinado a identificar a causa principal de determinadas situações ou eventos. Baseia-se no diagrama de Ishikawa (Diagrama espinha de peixe ou de causa-e-efeito). É considerado uma das sete ferramentas básicas da gestão da qualidade. Geralmente a análise é feita no início de um projeto de redesenho de processos de negócios ou de um programa de gestão da qualidade, como o modelo de excelência EFQM, sendo classificado como método operacional. Analise as opções a seguir:
I. A análise de causa e efeito é usada para explicar variações de um processo.
II. Certa medida de variabilidade é normal e não necessariamente provoca um distúrbio significativo. III. Uma variação indesejada pode acarretar sérias perdas ou danos, atrasos e reduções de produtividade, sobretudo se ocorre em processos críticos.
IV. A primeira etapa essencial é encontrar as consequências das variações e quantificar seu efeito. Assinale a alternativa que representa a sequência correta:
( A ) Estão corretos os itens I, II e III.
( B ) Estão corretos os itens I, II e IV.
( C ) Estão corretos os itens II, III e IV.
( D ) Estão corretos os itens I, III e IV.
( E ) Estão corretos os itens I, II, III e IV.

18) Kaizen significa mudança (kai) para o bem (zen). Seus principais elementos são: qualidade, esforço, vontade de mudar e comunicação. A casa Gemba, como base do Kaizen, tem cinco elementos fundamentais: 1 – Trabalho em equipe; 2 – Disciplina pessoal; 3 – Melhoria do moral;
4 – Círculos de qualidade; - Sugestões para melhoria.
Com base nesses fundamentos, o Kaizen concentra-se na eliminação da muda (desperdícios e ineficiências). Assim, etapas são indicadas e que devem ser executadas nos eventos Kaizen. Assinale entre as opções abaixo a alternativa que representa uma das etapas:
( A ) Analisar o objetivo.
( B ) Verificar e garantir a solução.
( C ) Gerar soluções corretas.
( D ) Melhorar a solução.
( E ) Criar simulados de implantação.

19) O pentagrama da gestão de marca é um modelo que ajuda a traduzir a estratégia corporativa em uma política de gestão da marca declarando os princípios da gestão de marcas, “carregando a marca”, escolhendo o posicionamento desejado e traduzindo esse posicionamento em ações cotidianas. O pentagrama é um modelo que serve para avaliar e elaborar cinco fatores essenciais que influenciam a estratégia de gestão de marcas e consiste em cinco pontos inter-relacionados: Princípios da gestão de marcas – Posicionamento – Consistência nos portadores da marca – incorporação da marca – Ciclo de planejamento e controle. Analise as opções e assinale alternativa que indica corretamente em que consistem os Princípios de gestão de marcas:
( A ) Segmentação – Grupo alvo – Posição.
( B ) Missão da marca – Percepção desejada da marca – Arquitetura da marca.
( C ) Segmentação da marca – Percepção do grupo alvo – Posição.
( D ) Missão da marca – Percepção do grupo alvo - segmentação.
( E ) Missão da organização – Percepção do grupo alvo – Posicionamento da marca.

20) O Modelo de Seis Sigmas é utilizado para? Marque a resposta correta.
( A ) Melhorar o desempenho operacional de uma organização, identificando e tratando suas defici- ências.
( B ) Melhorar o desempenho organizacional, identificando e tratando suas eficiências.
( C ) Melhorar o desempenho de produção de uma organização, comunicando suas deficiências.
( D ) Melhorar a receita operacional de uma organização, identificando e tratando suas deficiências.
( E ) Melhorar a produtividade de uma organização, identificando e maximizando suas deficiências.

PARTE II - CONHECIMENTO CIENTÍFICO E CULTURAL

21) De acordo com Ricardo Balestreri (1998) “o uso legítimo da força não se confunde [...] com truculência”, o que desvincula “rigor” de “violência”. Dessa forma, marque a opção correta relativa à compreensão deste autor sobre a delimitação da fronteira entre a força e a violência.
( A ) No campo formal pela lei; no campo racional pelo antagonismo que deve reger a metodologia de policiais e criminosos; e no campo moral pelo inconsciente coletivo levando em conta que o policial exerce função educativa arquetípica.
( B ) No campo formal pela necessidade técnica; no campo racional pelo antagonismo que deve reger a metodologia de policiais e criminosos; e no campo moral pelo inconsciente coletivo levando em conta que o policial exerce função educativa arquetípica.
( C ) No campo formal pela lei; no campo racional pela necessidade técnica; e no campo moral pelo antagonismo que deve reger a metodologia de policiais e criminosos.
( D ) No campo formal pela “dimensão pedagógica”; no campo racional pelo antagonismo que deve reger a metodologia de policiais e criminosos; e no campo moral pela necessidade técnica.
( E ) No campo formal pela “ética” corporativa; no campo racional pela necessidade técnica; e no campo moral pelo inconsciente coletivo levando em conta que o policial exerce função educativa arquetípica.

22) Para Norberto Bobbio (1992) citado por Dornelles (1998, p. 16-17) o conceito de Direitos Humanos:
( A ) Varia de acordo com o modo de organização da vida social e do contexto histórico.
( B ) É um fundamento absoluto e inalienável a todos os indivíduos de determinada sociedade.
( C ) Não admite, em hipótese alguma, possíveis ampliações conceituais.
( D ) Tem significação própria ou distinta, portanto não interage com os conceitos de direitos civis, políticos, sociais, econômicos, culturais e de outros no campo do direito.
( E ) Tem uma ampliação conceitual que passou a integrar, exclusivamente, os direitos civis e políticos.

23) Consta, na obra de Cerqueira e Dornelles (orgs.) (1998, p. 19) três Princípios Fundamentais compatíveis com o policiamento e a manutenção da ordem pública. São eles:
( A ) O respeito e a obediência às leis; o respeito pela dignidade humana; e a capacitação policial para o desempenho das funções de proteção.
( B ) O respeito e a obediência às leis; o respeito no relacionamento da corporação policial com a comunidade; e o respeito e a proteção dos direitos humanos.
( C ) A capacitação policial para o desempenho das funções de proteção; o respeito no relacionamento da corporação policial com a comunidade; e o respeito e a proteção dos direitos humanos.
( D ) o respeito no relacionamento da corporação policial com a comunidade; o respeito pela dignidade humana; e o respeito e a proteção dos direitos humanos.
( E ) O respeito e a obediência às leis; o respeito pela dignidade humana; e o respeito e a proteção dos direitos humanos.

24) Segundo Cerqueira (1998, p. 7), ao discutir sobre o Manual de Direitos Humanos, as noções sobre direitos e deveres “estarão sempre presentes [na] atividade policial”. Com tal percepção, esse autor entende que:
( A ) Dever é a obrigação moral de fazer ou deixar de fazer alguma coisa. É circunstancial e absoluto. ( B ) Direito é o poder moral de fazer, de possuir ou exigir alguma coisa. É inviolável, absoluto, universal e deve ser exigido até pela força.
( C ) Dever é a obrigação moral de fazer ou deixar de fazer alguma coisa. É universal e relativo.
( D ) Direito é o poder moral de fazer, de possuir ou exigir alguma coisa. É inviolável, relativo, universal e deve ser exigido até pela força.
( E ) Dever e direito são conceitos idênticos na prática policial.

25) Cerqueira (1998, p. 11) indica situações que “muitas vezes [...] têm servido de justificativas para os abusos policiais”. Com esse entendimento, marque a opção, apresentada pelo autor, como argumento(s), muitas das vezes, para a violência e abusos policiais.
( A ) Adequado treinamento policial para emprego da força, da aprendizagem como fazê-lo e instru- ção sobre as restrições estabelecidas pelas normas internacionais de emprego da força.
( B ) O poder de deter como importante elemento do poder de polícia, daí a razão para policiais atuarem dessa maneira, quando a situação ocorrer em áreas perigosas e violentas.
( C ) A “ética corporativa” e o compromisso com uma falsa identidade policial em “acobertar práticas abomináveis”.
( D ) A violência dos criminosos ou mesmo a situação presumida de violência instalada em determinadas áreas da cidade.
( E ) O “ethos policial” que se aproxima do “ethos do guerreiro” quando a situação ocorre em áreas com práticas criminosas violentas.

26) Cruz Neto et al. no Capítulo 1 do livro Nem Soldados Nem Inocentes: juventude e tráfico de drogas no Rio de Janeiro priorizam durante a análise:
( A ) Apenas a atualidade para explicar o desenvolvimento do tráfico de drogas no Rio de Janeiro.
( B ) A perda de poder do individualismo e dos conflitos entre as pessoas devido à vivência de formas homogêneas de violência.
( C ) A compreensão do tráfico de drogas no Rio de Janeiro, considerando as raízes históricas dessa questão e as suas manifestações na atualidade.
( D ) A demonstração de que não existe correlação entre jovens infratores e potencialização do tráfico de drogas no Rio de Janeiro.
( E ) A relação entre violência e criminalidade por meio das classes sociais, ignorando a discussão sobre cidadania e estigmatização.

27) Sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, Cruz Neto et al. afirmam no livro Nem Soldados Nem Inocentes: juventude e tráfico de drogas no Rio de Janeiro que:
( A ) A estrutura social brasileira acolheu sem resistência e limitações a implementação do ECA.
( B ) As desigualdades sociais e a percepção da relação entre pobreza/criminalidade dos setores arcaico-repressores das elites brasileiras não ferem os princípios democráticos do ECA.
( C ) O ECA superou precariamente a visão repressora até então vigente sobre as crianças e os adolescentes, que estava fundamentada na Lei de Segurança Nacional.
( D ) Por meio do ECA, crianças e adolescentes passaram a ser tratados nitidamente como cidadãos, com direitos e deveres.
( E ) A implantação do ECA deve ser considerada um fracasso, pois as determinantes sociais prevaleceram sobre esse processo de mudança de uma lógica repressora para uma proposta democrática.

28) Ao abordarem as rotas da droga (do Brasil para o mundo), Cruz Neto et al. dissertaram no livro Nem Soldados Nem Inocentes: juventude e tráfico de drogas no Rio de Janeiro que:
( A ) As atividades desenvolvidas pelos traficantes são idênticas de cidade para cidade, o que autoriza uma análise generalizada sobre as rotas da droga.
( B ) O ciclo exportador apresenta etapas distintas, conforme o potencial do mercado consumidor interno e suas características socioeconômicas.
( C ) As armas representam o menor símbolo de toda essa cadeia, apesar de serem verdadeiros símbolos de poder.
( D ) Os instrumentos de controle social da classe hegemônica no decorrer do século XX preservaram o poder, sem perda, diante das novas leis de mercado e da diminuição das desigualdades sociais.
( E ) Diversos transportes são utilizados nas rotas da droga, dentre eles, jatinho, transporte rodoviário e navio, porém o tráfico tem o mesmo modus operandi no Rio de Janeiro, em Corumbá e em São Paulo.

29) Souza et al. no artigo "Fatores associados ao sofrimento psíquico de policiais militares da cidade do Rio de Janeiro, Brasil" coloca em evidência a saúde desses profissionais, entendendo que:
( A ) As características estruturantes da Polícia Militar possibilitam maiores mudanças institucionais, preservando a saúde física e mental desses policiais.
( B ) O nível de estresse dos policiais militares é igual a de outras categorias profissionais, apesar da natureza das atividades.
( C ) A hierarquia rígida e a disciplina militar não interferem no nível de estresse dos policiais militares.
( D ) As relações com o Sistema de Justiça e o público também não afetam a saúde dos policiais, porque não são fontes geradoras de estresse.
( E ) Os policiais militares do Rio de Janeiro possuem condições de saúde e de trabalho que tendem a ser extremas.

30) Dando continuidade à análise sobre as condições de trabalho e saúde dos policiais militares, Souza et al. registram no artigo "Fatores associados ao sofrimento psíquico de policiais militares da cidade do Rio de Janeiro, Brasil" que:
( A ) Para Lipp, profissionais que lidam com tarefas perigosas, dentre eles, os policiais, afirmam que o estresse é sempre negativo e plenamente dispensável no exercício profissional.
( B ) Diferentemente do eustresse, o distresse é a dose positiva de estresse necessária para a realiza- ção do serviço daqueles que operam regularmente com o perigo, segundo Lipp.
( C ) A pesquisa identificou que as variáveis do perfil socioeconômico e demográfico dos policiais permanecem como explicativas do sofrimento psíquico desses profissionais.
( D ) É necessário o desenvolvimento de espaços de escuta dos problemas que os policiais vivenciam no cotidiano e em momentos de grandes tensões.
( E ) A insatisfação com vários aspectos da vida, dentre eles, o trabalho, não aumenta as possibilidades de sofrimento psíquico dos policiais militares.

31) A civilização é concebida como tudo aquilo por meio do que a vida humana se elevou acima de sua condição de animal. A vida humana difere da vida dos animais em dois aspectos: os conhecimentos e as capacidades adquiridas para controlar as forças da natureza; e os regulamentos (leis, normas, regras) para ajustar as relações dos homens uns com os outros. Na luta pela sobrevivência o animal racional teve de enfrentar três grandes desafios, a saber:
( A ) O poder superior das forças da natureza, a fragilidade da fala e as normas de conduta impostas pelos grupos.
( B ) O poder superior dos conhecimentos, o acesso à cultura e a utilização da escrita.
( C ) O poder superior da natureza, a fragilidade de seu próprio corpo e as leis que regulam suas ações sociais.
( D ) O poder superior da natureza, a conquista da fala e a moral instituída no seu grupo.
( E ) O poder superior da cultura, o acesso às leis e regras dos grupos sociais e a fragilidade dos bens adquiridos.

32) Para Kant, a moral é a racionalidade do sujeito, e este deve agir de acordo com o dever e somente por respeito ao dever. Este pensamento aplicado ao exercício dos deveres policiais militares pressupõe:
( A ) Uma exata noção de servidor público, de serviço público, de identidade e de adestrabilidade.
( B ) Uma exata noção de serviço público, de servidor público, de prestação de contas e de transparência.
( C ) Uma exata noção de limites, de cidadania, de insalubridade e de gestão financeira.
( D ) Uma exata noção de servidor público, de escolha, de cidadania e de metas operacionais.
( E ) Uma exata noção de serviço público, de servidor público, de capacitação física e de prestação de apuração.

33) Sócrates e Kant apoiaram seus pensamentos sobre ética, numa perspectiva de moral adquirida pela pessoa através de sua convicção pessoal, de fundamentação racional sobre as normas e o cumprimento do dever ou obrigação moral. Esta visão busca:
( A ) Encontrar no homem as possibilidades de acesso às reflexões centradas no dever e na relativiza- ção da obrigação moral.
( B ) Compatibilizar as questões teóricas da ética com a sua prática de validade exterior ao indivíduo. ( C ) Interiorizar a reflexão e a valorização da objetividade e da personalidade do indivíduo.
( D ) Encontrar no homem as condições de possibilidade do conhecimento verdadeiro e do agir livre.
( E ) Reconhecer no homem o seu poder de racionalidade e que o seu agir moral obedeça aos imperativos sociais.

34) Uma das questões ainda consistentes na Ética é a distinção entre o bem e o mal. Agir eticamente é agir de acordo com o bem. A ética procura determinar os meios para atingir o bem. A profissão PM, considerada a sua singularidade e os seus desafios, é caracterizada por uma permanente atuação entre o bem e o mal. Neste sentido, cabe à Corporação:
( A ) Estabelecer a sua doutrina, proporcionar a educação continuada, buscar a internalização dos altos valores individuais e cultuar a meta estipulada.
( B ) Estabelecer os seus valores institucionais, fixar a sua doutrina, proporcionar a educação continuada e cultuar a conduta exemplar desejada.
( C ) Estabelecer a sua estratégia, proporcionar a conduta exemplar, buscar a internalização do policial guerreiro e cultuar a educação continuada.
( D ) Estabelecer a sua doutrina, proporcionar a educação continuada, buscar a internalização da expressividade e do confronto e cultuar a conduta exemplar desejada.
( E ) Estabelecer os seus valores institucionais, buscar a sua doutrina, proporcionar a educação a distância e cultuar a educação continuada.

35) Os indivíduos nascem numa determinada sociedade, na qual vigora uma moral efetiva que não é invenção de cada um em particular, mas que cada um encontra como dado objetivo, social. Por esta rela- ção entre moral e sociedade, a Ética não pode prescindir do conhecimento objetivo das:
( A ) Relações de poder, dos atos morais e da hierarquia de valores históricos criados pela Filosofia.
( B ) Estruturas sociais, de suas relações econômicas e da organização sociopolítica proporcionada pela Ciência Política.
( C ) Instituições sociais e suas relações de poder, proporcionadas pela Antropologia Cultural.
( D ) Estruturas sociais, de suas relações e instituições proporcionadas pelas Ciências Sociais e, em especial, pela Sociologia como ciência da sociedade.
( E ) Instituições sociais, das estruturas sociopolíticas e das relações de poder proporcionadas pelo Direito.

36) O valor da Ética como teoria está naquilo que explica e não no fato de prescrever ou recomendar com vistas à ação em situações concretas. Desta forma, cabe à Deontologia Policial Militar, à luz das reflexões éticas, estipular regras e deveres inerentes à conduta ideal no exercício da profissão. Trata-se de uma ética própria e abrangente, que deve significar para o policial militar:
( A ) Uma ética profissional, construída na cultura institucional, transmitida doutrinariamente e praticada conforme os valores individuais e as tendências da sociedade.
( B ) Uma ética particular, fundada nos valores individuais que variam no tempo e no espaço, conforme as mudanças sociais.
( C ) Uma ética consigo mesmo, com a família, com a instituição e com a sociedade.
( D ) Uma ética consigo mesmo, com a família, com a instituição e com a mídia organizada.
( E ) Uma ética profissional, fundada nos valores institucionais, internalizada doutrinariamente e reproduzida por condutas profissionais compatíveis com os interesses pessoais.

37) A livre obediência à lei ou às normas escolhidas não é uma prisão, mas, antes, é liberdade. Trata-se de um ato de escolha. Neste sentido, a consciência moral do policial militar é como um ‘juiz’, uma ‘luz ou voz interior’ que o conduz a adotar ou a negar uma conduta que lhe é imposta pelo dever. Ao adotar a conduta ideal (ético/legal), o policial militar opta por uma escolha que reproduz:
( A ) A sua independência interativa.
( B ) A sua identidade majoritária.
( C ) A sua autonomia moral.
( D ) A sua liberdade política.
( E ) A sua negação moral.

38) O policial militar, ao ingressar na Corporação, traz consigo vivências e comportamentos morais desenvolvidos em seu meio sociocultural. Por outro lado, irá vivenciar uma cultura corporativa marcada por suas características, dilemas e desafios. Do ponto de visa ético, a sua escolha profissional pelo caminho do mal vai reproduzir:
( A ) A desordem moral da sociedade contemporânea e a convivência com os bons exemplos internos.
( B ) A inversão de valores ético-morais da sociedade contemporânea e a cooptação dos bons companheiros de serviço.
( C ) O correto aprendizado dos valores morais em suas experiências e hábitos anteriores e a adequada internalização dos valores institucionais.
( D ) Uma vivência sociocultural anterior à Corporação, com duvidosa conduta moral e a influência negativa dos maus companheiros.
( E ) O conhecimento da Ética policial militar, sua integral adoção, compartilhada com o segmento corporativista aético.

39) Sócrates e Kant desenvolveram um pensamento ético estruturado na visão de moral adquirida pela pessoa, fundamentada na razão, na sua convicção pessoal sobre normas e o cumprimento do dever. Este pensamento configura um caminho que conduz a autonomia moral da pessoa. No contexto da Ética policial militar, está autonomia moral implica em:
( A ) assegurar ao policial militar atos de escolha compatíveis com a dignidade da profissão e a grandeza da Corporação.
( B ) garantir ao policial militar atos de escolha que reproduzam vivências e hábitos anteriores moralmente incompatíveis com a profissão.
( C ) proporcionar ao policial militar a segurança necessária para o exercício de profissões paralelas.
( D ) integrar o policial militar no cotidiano da cultura corporativa aética.
( E ) assegurar ao policial militar atos de escolha compatíveis com a dignidade da profissão e as contradições da Corporação.

40-Aristóteles buscou estabelecer o bem no âmbito do que é humano. Sua ética se fez como a atividade de bem deliberar e das escolhas racionais, bem como do cultivo a moderação. Este pensamento aplicado às práticas policiais desenvolvidas nas sociedades democráticas impõe novos indicadores, dentre os quais:
( A ) Letais e sofisticados.
( B ) Seletivos e transparentes.
( C ) Adequados e conflitantes.
( D ) Seletivos e desgastantes.
( E ) Adequados e autoritários.

OBS: Gabarito em destaque na cor vermelho.



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